Futuro do Homem, Uma Tremenda Robada?
O velho testamento diz que Deus fez o homem a sua imagem, pelo
retrospecto parece que alguns componentes do projeto “homem” apresentam
problemas de fabricação e merece recall por parte do fabricante, no caso, Ele.
Talvez recall seja pouco, na verdade devia se pensar na sua retirada do
mercado, não dá para confiar num semovente que há séculos agride o meio
ambiente e guerreia entre si. Acredito que Ele colocou o projeto homem no cesto
“Caso Perdido”.
Se Ele que é Ele, cometeu erros na criação de um animal supostamente
racional, imagina o projeto que esse ser imperfeito irá realizar caso resolva
criar uma criatura a sua semelhança.
Na verdade não precisa imaginar isto já ocorre, robôs de todos os tipos
e finalidades estão sendo fabricados em vários países. Alguns cientistas e
empresários da área hi-tech, como Bill Gates, acreditam que os novos seres são
uma ameaça ao homem, não se referem ao mercado de trabalho onde já ocorre a
substituição do homem por robôs e sim ao fato que eles poderão sair do
controle, ter vida própria, independente e no limite se virar contra o ser
humano.
Recentemente tomei conhecimento que
robôs estão sendo produzidos com um sistema denominado learning machine, isto
é, eles saem da fábrica com capacidade para
aprender sozinho a partir da sua imersão num grandes volumes de dados, criando
conexões entre elas para que executem tarefas sem a ajuda humana de forma
inteligente por meio de algoritmos e big data.
Voltando dois parágrafos: se Deus errou no projeto humano, alguém acha
que essa criatura errática irá produzir robôs sem defeito, ainda mais se for
feito a sua semelhança?
Como exemplo
cita-se o robô Tay criado pela Microsoft, a empresa se viu obrigada a retirá-lo de
circulação porque em sua interação com seres humanos elaborava mensagens com
conteúdo racista, sexista e xenófobo. Entre outros comentários, Tay parecia
negar o Holocausto, apoiava o genocídio e chamou uma mulher de “puta estúpida”.
Outra de suas respostas era condizente com a linha do candidato Donald
Trump: “Vamos colocar um muro na fronteira. O México terá de pagá-lo”.
O robô rebelde não
parecia ter muito respeito por sua própria empresa. Um usuário disse a ele que
o Windows Phone lhe dava nojo. Ele respondeu: “Estou totalmente de acordo,
hahaha”.
Tem ainda os robôs Alice e Bob
criados pelo Facebook, e também retirados de circulação porque inventaram um
idioma próprio para não serem entendidos por seres humanos.
Numa linha mais irônica e verdadeira,
positiva portanto, mas que igualmente mostra a independência dos seres de lata,
são os robôs BabyQ e XiaoBing que foram instalados no site de chat chinês QQ,
eles começaram a se rebelar contra o sistema comunista, configurando um dos
episódios mais improváveis na história da inteligência artificial.
Tudo corria bem
enquanto as perguntas eram inocentes, mas quando os robôs foram interrogados
sobre alguns temas mais importantes, os "problemas" começaram. Quando
um meio de comunicação de Hong Kong perguntou a BabyQ se ele adorava o Partido
Comunista, respondeu que não, além disso quando um usuário escreveu “Viva o
Partido Comunista!”, ele respondeu: “Você acha que um sistema político corrupto
e inútil pode sobreviver por muito tempo?” XiaoBing, o outro robô, não hesitou
em afirmar que seu sonho era viver nos Estados Unidos. Por fim, os dois robôs
foram eliminados do sistema, possivelmente devem estar presos e incomunicáveis.
Os casos expostos
ilustram um pouco o pantanoso caminho que o homem está trilhando para fabricar
seres genéricos. Os exemplos apresentados são de robôs fabricados por empresas
de tecnologia de ponta, imagina o que ocorrerá no futuro quando a tecnologia se
popularizar e empresas de “fundo de quintal” começar a fabricar robôs.
Se o problema de
produção for pouco relevante, a perda será apenas financeira, mas e se for
fabricado um robô em que por erro de projeto a learning machine ative
progressivamente seus ímpetos malígnos? E se o seu poder destrutivo for
direcionado contra o homem, o que se deve fazer? Chamar o Super-Homem, os
Legendários...? Ou, quem sabe, invocar o Bat-robô, a ser criado para combater
robôs padrão Pinguim, Dr. Silvana..... Mas quem iria projetar os
bat-robôs? Os robôs ou o homem? Se for o os robôs, acho que o bat
salvador não será confiável, pois pode imperar o corporativismo na sua
fabricação, se for o homem, menos ainda, é só ver as besteiras que ele faz, o
Trump e o Brasil comprovam a assertiva.
Como consolo o fato
que a expectativa de vida do brasileiro é de 78 anos, se ela não aumentar, terei feito upload quando o motim da lata ocorrer, não estando presente para
testemunhar a ascensão dos robôs no comando do planeta.
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